Era uma cidade importante da Inglaterra no período pós Revolução Industrial, notável por sua indústria de tecelagem. Atraía muita gente que, deixando a vida no campo, seguia para as cidades buscando melhores condições de vida. Entretanto, na cidade de Gloucester, a imensa riqueza de uma minoria contrastava com a grande pobreza e o analfabetismo da maioria da população.
O fato de existirem muitas igrejas não impedia o avanço da criminalidade. Robert Raikes, fundador da Escola Dominical, dedicou-se à carreira de jornalista e editor, trabalhando na Imprensa Raikes, de propriedade da família, a qual ele passou a dirigir após a morte de seu pai.
Raikes preocupava-se muito em melhorar as condições das prisões, visando a regeneração dos criminosos que para ali eram conduzidos. Descobriu que o abandono em que viviam as crianças pobres da localidade e as suas atividades, também aos domingos, eram um estímulo à prática do crime. Que perversos os meninos de Gloucester ! Lutavam uns com os outros, eram mentirosos e ladrões, indescritivelmente sujos e despenteados. Depredavam propriedades e infestavam ruas, tornando-as perigosas com as calamidades deles.
Robert Raikes, um homem de profundas convicções religiosas, fundou então uma escola que funcionava aos domingos porque as crianças e os jovens trabalhavam 6 dias por semana, durante 12 horas. Usava a Bíblia como livro de estudo, cantava com os alunos e ministrava-lhes, também, noções de boas maneiras, de moral e de civismo.
O plano de Raikes exigia um profundo sentimento de caridade cristã. Conseguiu que algumas senhoras crentes o ajudassem, fazendo visitas aos bairros pobres da cidade, a fim de convencerem os pais a enviarem seus filhos à escola.
De 1780 a 1783, sete Escolas já tinham sido fundadas somente em Gloucester, tendo cada uma 30 alunos em média. Em 3 de novembro de 1783, Robert Raikes, triunfalmente, publicou em seu jornal a transformação ocorrida na vida das crianças.
O historiador John Richard Green afirmou:"As Escolas Dominicais fundadas pelo Sr. Raikes, no final do século XVIII, originaram o estabelecimento da educação pública popular".
O efeito da Escola Dominical foi tão poderoso, que 12 anos após sua fundação, não havia um só criminoso na sala dos réus para julgamento nos tribunais de Gloucester, quando antes a média era de 50 a 100 em cada julgamento !
Em muito pouco tempo, o movimento se espalhou e várias igrejas ao redor do Mundo organizaram suas Escolas Dominicais. Nas E.B.D. mais antigas, segundo se tem notícia, o ensino limitava-se à leitura de passagens bíblicas estudadas simultaneamente por crianças e adultos. Mais à frente, nasceu o desejo de que houvesse um sistema de lições graduadas : seriam adaptadas ao desenvolvimento da mente infantil e viria estabelecer conveniente e necessária promoção de alunos de grau em grau entre os diferentes departamentos da Escola Dominical.
Em resposta a esse apelo, o Comitê das Lições Internacionais, unanimemente, encaminhou o assunto à Convenção em Louisville, realizada em junho de 1908. Foi criado um Subcomitê, que preparou lições dirigidas aos principiantes, ao departamento primário elementar e ao primário superior. Em anexo, enviaram uma lista dos assuntos que corresponderiam aos anos seguintes desses mesmos departamentos. Anunciou-se também a preparação do programa geral de lições para todos os departamentos em que a Associação Internacional dividiu a Escola Dominical :
Principiantes (4 e 5 anos),
Primário Elementar (6 a 8 anos),
Primário Superior (9 a 12 anos),
Intermediário (13 a 16 anos),
Superior (17 a 20 anos) e
Adultos (20 anos em diante).
Referência : Revista Vida Cristã (nº 183)
HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL
Os missionários escoceses Robert e Sara Kalley são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras.
Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florescesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.
O primeiro trabalho promovido pela Igreja Presbiteriana em nosso país, em língua portuguesa, foi a Escola Dominical. Isso aconteceu no Rio de Janeiro, no dia 22 de abril de 1862. A escola foi dirigida pelo Rev Ashebell Green Simonton, missionário presbiteriano.
A Escola Dominical é o principal instrumento de evangelização e instrução. Geralmente, ela nasce antes da Igreja, e o seu rol de alunos é, quase sempre, maior do que o rol de membros da Igreja. Sem ela seria muito difícil levar o evangelho até os confins da terra.
O terceiro domingo de setembro foi a data reservada pela Igreja Presbiteriana para a comemoração do Dia da Escola Dominical.
Escola Dominical
..............................(Wally Alves Fernandes)
..............................(Wally Alves Fernandes)
Há uma Escola bendita
Onde se aprende a verdade,
Traz a mensagem inaudita
Da graça e da liberdade.
Nesta Escola conhecemos
O que fizeram os heróis,
Cujas vidas bem sabemos
São para nós qual faróis.
Vidas como a de Sansão,
De Moisés e de Josué,
Que nos falam ao coração
E nos incitam à fé.
Uma história tão bonita
É a do jovem Daniel,
De Ruth, a moabita
E do justo irmão Abel.
Também temos a história
Do puro e manso José,
Cujo exemplo, na memória,
Nos mantém sempre em pé.
Uma vida bem formada,
Sempre nela se advinha
De Dorcas, a bem-amada
E de Ester, a rainha.
Vidas assim consagradas
Para a Deus Pai servir.
Muitas mais nos são mostradas,
São exemplos a seguir.
Nesta Escola assim se aprende
A Jesus a gente amar,
Quem não vem se arrepende,
A Deus não vai agradar.
Esta Escola benfazeja,
De valor tão sem igual,
Vive aqui bem nesta Igreja,
É a Escola Dominical!
Onde se aprende a verdade,
Traz a mensagem inaudita
Da graça e da liberdade.
Nesta Escola conhecemos
O que fizeram os heróis,
Cujas vidas bem sabemos
São para nós qual faróis.
Vidas como a de Sansão,
De Moisés e de Josué,
Que nos falam ao coração
E nos incitam à fé.
Uma história tão bonita
É a do jovem Daniel,
De Ruth, a moabita
E do justo irmão Abel.
Também temos a história
Do puro e manso José,
Cujo exemplo, na memória,
Nos mantém sempre em pé.
Uma vida bem formada,
Sempre nela se advinha
De Dorcas, a bem-amada
E de Ester, a rainha.
Vidas assim consagradas
Para a Deus Pai servir.
Muitas mais nos são mostradas,
São exemplos a seguir.
Nesta Escola assim se aprende
A Jesus a gente amar,
Quem não vem se arrepende,
A Deus não vai agradar.
Esta Escola benfazeja,
De valor tão sem igual,
Vive aqui bem nesta Igreja,
É a Escola Dominical!
“Por favor, paizinho, vamos!”
..........................(Autor desconhecido)
- Poesia para ser dramatizada -
Personagens: narrador; pai jovem e criança;
pai mais idoso e filha jovem não-crente
Uma garotinha de olhos cintilantes,..........................(Autor desconhecido)
- Poesia para ser dramatizada -
Personagens: narrador; pai jovem e criança;
pai mais idoso e filha jovem não-crente
Rostinho alegre, olhar resplandecente,
Assim falou: “Paizinho, vamos agora,
Lá de Jesus, o amor eles ensinam,
De como ele morreu por todos
Os que o buscam”.
Ah! Diz o pai: “Não... hoje, não,
Pois trabalhei toda a semana
Vou até ao rio pescar.
Lá eu repouso e posso descansar,
A pesca é agradável, todos afirmam.
Vá saindo! e não me aborreça,
Iremos à igreja outro dia!”
Meses e anos, afinal se foram
E o papai não mais ouviu o apelo:
“Vamos à Escola Dominical!”
...............................................
Os dias da Infância se passaram.
Agora que o pai envelhecera,
E que da vida o fim se aproxima,
Tempo ele encontra para à Igreja ir,
Porém a filha, ao seu convite, diz:
“Não... hoje, não, papai!
Fiquei insone quase toda a noite,
Recuperar eu devo, um pouco, o sono...
Demais o meu semblante assusta...”
Então, o pai para enxugar as lágrimas,
A trêmula mão levanta,
E relembrando os tempos que se foram,
Distintamente, parece ouvir a suplicante voz
E ver da criancinha o rosto resplandecente
Para si voltado, com cintilante olhar, a lhe dizer:
“Está na hora da Escola Dominical,
não queres ir, papai?”
APRESENTANDO MINHA ESCOLA
(jogral por uma criança, um jovem e um adulto)
.........................Rev Thiago Rodrigues Rocha
(jogral por uma criança, um jovem e um adulto)
.........................Rev Thiago Rodrigues Rocha
TODOS
Senhores: apresentamos uma escola original. É o nome que lhe damos: Escola Dominical. CRIANÇA Eu gosto dela, vos digo, pois me trata com atenção. Lá, todo mundo é amigo e aprende boa lição. JOVEM Eu encontro companheiros e ensino pra minha idade. São os mestres conselheiros, que nos guiam à verdade. ADULTO Tenho também bom proveito para a mente , o coração. Lá aprendo o que é direito, e conduz à boa ação. CRIANÇA Minha classe de criança, adequada à minha mente, tem lição conveniente, por isso nunca me cansa. JOVEM Na classe da mocidade, a mente não tem algemas. Tenho toda a liberdade de discutir meus problemas. |
ADULTO
Na minha classe de adulto, homem iletrado ou culto, qualquer um tem permissão de discutir a lição. CRIANÇA Vou nessa escola aprendendo, com gosto, com alegria, como poderei, crescendo, ser um bom cristão, um dia. JOVEM Se todo moço cuidasse de nessa escola querida não faltar à sua classe seria feliz na vida. ADULTO Se toda adulta pessoa esta escola freqüentasse, veria quanto ela é boa, quanto fruto dela nasce! TODOS Amigos: apresentada aos homens, à garotada, a Escola Dominical, vos dizemos afinal: “Vinde todos aprender ensinamento profundo. Venham todos se inscrever na maior escola do mundo!” |
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